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NOTÍCIAS DO DIA

26/04/2024

 

Stellantis vai investir R$ 13 bilhões em Pernambuco, 43% do total previsto no Brasil até 2030

 

Menos de dois meses após o anúncio do ciclo de investimentos que prevê R$ 30 bilhões no Brasil entre 2025 e 2030, a Stellantis revelou nesta quinta-feira, 25, que R$ 13 bilhões - ou seja, 43% do total - serão desembolsados na fábrica do grupo em Goiana, no norte de Pernambuco. A confirmação aconteceu durante reunião dos diretores da montadora com a governadora do Estado, Raquel Lyra.

 

Sem antecipar mais informações, como os nomes dos carros que entrarão nas linhas de montagem de Pernambuco, a montadora abre apenas que estão previstos novos modelos, alguns deles inéditos no mercado brasileiro. As plataformas que serão instaladas nas fábricas da Stellantis dentro do novo ciclo de investimentos permitirão a produção tanto de carros convencionais, movidos a gasolina ou a etanol, quanto veículos híbridos ou puramente elétricos.

 

O plano contempla ainda a ampliação do parque de fornecedores no entorno da fábrica de Goiana, dos atuais 38 para mais de 100 nos próximos anos. O objetivo, no caso, é aproximar os fornecedores de peças do polo da Stellantis na região para reduzir custos de logística, dada a preocupação da montadora em preservar a competitividade da fábrica após o fim, em 2033, dos incentivos à produção de automóveis no Nordeste.

 

Atualmente, são produzidos em Goiana as picapes Toro, da Fiat, e Rampage, da Ram, além de três utilitários esportivos da marca Jeep: Commander, Compass e Renegade. As fábricas do grupo são, porém, flexíveis para absorver outras marcas. Em entrevista a jornalistas antes do anúncio dos investimentos em Pernambuco, o presidente da Stellantis na América do Sul, Emanuele Cappellano, frisou que as escolhas de onde o grupo produz seus lançamentos são baseadas na eficiência de produção que cada fábrica pode oferecer ao produto.

 

Dentro do maior plano de investimentos já anunciado por uma montadora no Brasil, a Stellantis terá quatro novas plataformas de produção, de onde sairão carros híbridos, e prevê lançar 40 modelos na América do Sul até 2030. A montadora ainda não revela como irá distribuir os R$ 17 bilhões restantes do ciclo entre as duas outras unidades industriais brasileiras: em Betim (MG), onde são produzidos carros da Fiat, e Porto Real (RJ), fábrica da marca francesa Citroën.

 

Assim como já tinha garantido em entrevista ao Estadão/Broadcast no início do mês, Cappellano assegurou que todas as fábricas receberão investimentos para produção das novas tecnologias.

 

Na Argentina, a montadora vai investir outros R$ 2 bilhões a partir do ano que vem. No ciclo que está sendo finalizado neste ano no país vizinho, iniciou a produção, com lançamento em breve, do Peugeot 2008, seu primeiro utilitário esportivo montado na Argentina, fruto de investimentos de mais de US$ 270 milhões na fábrica de El Palomar, na província de Buenos Aires. “Seguramos um pouco esse anúncio, esperando para ver o cenário político e econômico da Argentina, mas está na hora de lançar esse novo produto”, comentou Cappellano.

 

Ainda que esteja nos planos a produção de carros puramente elétricos, mais caros e cuja infraestrutura de recarga ainda é incipiente no Brasil, a Stellantis pretende calibrar as tecnologias que serão produzidas nas novas plataformas de acordo com a demanda do mercado. Conforme Cappellano, a melhor forma de alcançar metas de emissões com menor impacto em custo é combinar os propulsores elétricos com motores flex ou movidos exclusivamente a etanol.

 

“É uma tecnologia que custa muito menos do que um carro elétrico [...] O compromisso que nós temos é olhar a tecnologia, a descarbonização, mas também que caiba no bolso das famílias brasileiras”, comentou o presidente da Stellantis na América do Sul. (O Estado de S. Paulo Online/Eduardo Laguna)

 

 

 

Financiamento de veículos segue trajetória de crescimento

 

Dados de financiamento de veículos consolidados pela B3 sinalizaram continuidade de ambiente favorável ao fim do primeiro trimestre de 2024. Nos três primeiros meses, as vendas a prazo acumularam 1,65 milhão de automóveis, comerciais leves, pesados e motocicletas novos e usados, volume que representou crescimento de 21,4% sobre o mesmo período do ano passado, perto de 300 mil unidades negociadas a mais.  Do total, 560 mil, ou 33%, foram de veículos 0 km, e 1,09 milhão de usados.

 

“Os resultados mostram que o mercado de financiamento de veículos continua aquecido em todas as categorias, com destaque para a de motos que cresceu 34%”, observa Gustavo de Oliveira Ferro, gerente de Planejamento e Inteligência de Mercado na B3. “Houve um aumento da concessão de crédito por parte das instituições financeiras, especialmente para aquisição de veículos, que é um crédito atrelado a uma garantia. Também dados recentes mostram um aquecimento do varejo em geral, com impactos positivos nas vendas de veículos.”

 

Somente em março, os financiamentos somaram 571 mil unidades novas e usadas, altas de 8,8% em relação a fevereiro (525 mil) e de 9,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado, de 522 mil.

 

Por segmento e nas mesmas bases de comparações, as vendas a prazo de autos leves alcançaram 394 mil unidades, crescimentos de 7,4% (366 mil) e de 6% (371 mil). Financiamentos de pesados registraram 25 mil unidades, variações positivas de 7,6% (23 mil) e de 6,5% (24 mil). Por fim, as negociações em março de 143 mil motos apresentaram evoluções de 6,6% (135 mil) e de 13,8% (126 mil).

 

Dentre as modalidades de financiamentos, o CDC predominou em março com 85,5% de participação nos negócios, com um crescimento de 13,3% em relação há um ano. (AutoIndústria)

 

 

 

Brasil financia mais caminhões no primeiro trimestre

 

O financiamento de caminhões somou 62.021 unidades no primeiro trimestre. Com isso, o número de novos contratos aumentou 8,6% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando os bancos liberaram 57.067 novos créditos. Assim, a diferença é de 4.954 unidades. Os dados são da B3 analisados pelo portal Transporte Moderno.

 

Os resultados de março também ficaram acima na comparação com o mesmo mês do ano passado. Assim, a diferença foi de 4,9% sobre as 21.179 unidades de 2023.

 

Seja como for os dados consideram operações para a compra de modelos novos e usados. Assim, os dois segmentos apresentaram alta em novos contratos no primeiro trimestre.

 

Conforme a B3, de janeiro a março, os bancos liberaram 30.129 créditos para financiamento de caminhões novos no período. Assim, 8,1% a mais do que o mesmo período do ano passado, com 27.870.

 

Da mesma forma, a liberação de crédito para usados ficou acima neste ano. Nos primeiros três meses foram 31.892. Alta, portanto, de 9,2%.

 

CDC é a linha mais procurada

 

A alta do número de financiamentos de caminhões novos e usados pode estar ligada ao início do movimento de uma queda de juros e do aumento da oferta de crédito. A economista e sócia-diretora da consultoria MB Associados, Tereza Fernandez, havia dito no início do mês que essa mudança poderia favorecer o ambiente de novos negócios para a compra de veículos. “No acumulado dos 12 meses observamos aumento de 15,5% na aprovação de créditos”, analisou.

 

Seja como for, o Crédito Direto ao Consumidor (CDC) é a linha de crédito mais procurada no mercado brasileiro. Assim, o primeiro trimestre teve 51.885 operações realizadas, sendo 25.126 para caminhões novos e 26.759 para usados. (Transporte Mundial/Aline Feltrin) 

 

 

 

Consórcio de veículos dá sinais de desaceleração

 

Após um longo período de crescimento, o sistema de consórcio de veículos começa a desacelerar. No primeiro trimestre do ano, houve quedas de, respectivamente, 19,7% e 6% na venda de novas cotas de caminhões e motocicletas, enquanto o segmento de leves praticamente ficou estável, com pequena alta de 1,3%.

 

Acompanhando esse movimento, o volume de créditos comercializados caiu 5,4% no caso dos pesados, de R$ 10,87 bilhões para R$ 10,28 bilhões no comparativo interanual, e ficou estável nas motos, na faixa de R$ 5,7 bilhões no trimestre.

 

Já a categoria de carros e comerciais leves teve alta de 10,4% em créditos comercializados, de R$ 22,7 bilhões para R$ 25,1 bilhões. Como o segmento de leves é o de maior volume, na média do consórcio de veículos ainda há números positivos.

 

Os negócios somaram R$ 41 bilhões no trimestre, avanço de 4,7%. As contemplações cresceram 10%, com os correspondentes créditos disponibilizados anotando alta de 26,9%.

 

Mas também há queda na venda de novas cotas no balanço geral do consórcio de veículos, conforme números divulgados esta semana pela Abac, Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio. O recuo foi de 3,6%, de 789,6 mil adesões no primeiro trimestre de 2023 para 761,2 mil no mesmo período deste ano.

 

Com relação aos tíquetes médios, o maior crescimento, que reflete o aumento de preços do segmento, é na categoria de veículos pesados. A alta foi de expressivos 46,8% em um ano, saltando de R$ 152,7 mil para R$ 224,21 mil.

 

No caso dos veículos leves, houve expansão de 8,9% no tíquete médio, de R$ 59,7 mil para R$ 65 mil. Nas motos, o crescimento foi de 7,6%, de R$ 17,8 mil para R$ 19,2 mil. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)

 

 

 

Banco Randon lança linha de crédito de baixo carbono

 

O Banco Randon, por meio de uma nova linha de crédito de baixo carbono, vai financiar aquisição da solução de eletromobilidade e-Sys, da Suspensys, fabricante global de sistemas de eixos, suspensões e soluções em eletrificação para veículos comerciais e equipamentos, que também faz parte da Randoncorp.

 

A linha opera nos moldes do BNDES Finame-Baixo Carbono, que fornece crédito para aquisição e comercialização de sistemas, máquinas e equipamentos com maiores índices de eficiência energética ou que contribuam para redução da emissão de gases de efeito estufa. O diferencial desta linha de crédito é que o Banco Randon atuará diretamente na operação, facilitando taxas e condições exclusivas para financiamento do item, também com foco em estimular entre clientes, e no mercado em geral, a adoção de tecnologias cada vez mais sustentáveis. Assim, a instituição colabora com novos e tradicionais parceiros neste caminho e reforça seu portfólio de produtos e serviços amplamente conectados com os compromissos públicos de sustentabilidade da Randoncorp, como a redução de emissão de gases de efeito estufa, entre outros.

 

Levar ao mercado um produto inovador e sustentável como o e-Sys com custo, taxas e condições que estimulam a adoção da tecnologia, foi possível pela ampla conexão e sinergia entre as duas empresas envolvidas, Suspensys e o Banco Randon, tradicional instituição financeira e referência em soluções de financiamentos e investimentos para todo segmento do transporte e logística, integrando o portfólio de soluções Rands.

 

“Ficamos satisfeitos em poder oferecer um produto em linha com as tendências globais e que contribuirá ainda mais com o avanço no desenvolvimento de soluções em eletromobilidade, apoiando também, cada vez mais, o desenvolvimento de uma economia sustentável com resultados positivos para sociedade como um todo”, diz David Felix, diretor do Banco Randon.

 

O sistema de tração auxiliar elétrico e-Sys é o único na América Latina por oferecer um conceito inovador e sustentável que conta com um algoritmo inteligente especialmente criado para avaliar as condições de operação e uso, atuando na recuperação de energia gerada durante movimentos de descida e frenagem para momentos de necessidade de tração como subidas e ultrapassagens. Esse módulo inteligente faz com que o motor passe a trabalhar como gerador, recuperando a energia cinética e armazenando-a em baterias que alimentarão o motor elétrico.

 

Dependendo da aplicação, condição de carregamento e da estrada percorrida, a economia de combustível pode chegar a 25%, melhorando significativamente os resultados para a operação com a redução do TCO (Total Cost Ownership) do conjunto, propiciando um menor desgaste dos componentes e contribuindo para uma menor geração de resíduos e menor emissão de gases no meio ambiente. A tecnologia possui uma ampla versatilidade, podendo ser aplicada tanto em semirreboques, como também em outros modelos de veículos pesados e implementos para uso agrícola. (Revista Caminhoneiro)

 

 

 

Vendas totais de pneus caem no primeiro trimestre

 

Recente pesquisa da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP) mostrou que as vendas totais de pneus caíram 12,6% no primeiro trimestre deste ano em comparação com os três primeiros meses de 2023, saindo de 13,99 milhões para 12,23 milhões de unidades vendidas no período.  

 

A comercialização com montadoras também mostrou recuo. Exatamente 16,3% (passando de 3,38 milhões para 2,83 milhões de pneus), enquanto o mercado de reposição teve queda de 11,4% (de 10,61 milhões para 9,40 milhões).

 

Pneus para veículos de carga

 

Por outro lado, o segmento de veículos de carga foi o único com desempenho positivo nas vendas de pneus no primeiro trimestre. O setor teve leve alta de 0,8% nas comercializações totais no comparativo com o mesmo período do ano anterior, saindo de 1,63 milhão de unidades vendidas para 1,65 milhão.

 

As vendas para montadoras cresceram 11,3%, subindo de 401 mil para 446 mil. Já o mercado de reposição caiu 2,5%, sendo 1,23 milhão em 2023 ante 1,20 milhão de janeiro a março deste ano. Mesmo com a leve alta, quando comparado com 2022 as vendas totais tiveram queda de 15,1%. (Frota & Cia/Victor Fagarassi)   

 

 

 

Randon lança furgão modular mais leve e econômico

 

Mais um produto da Randon, desenvolvido a partir da tecnologia modular, é apresentado ao mercado nacional: o Furgão Modular New R. Um dos diferenciais é a montagem por meio de conexões rebitadas, o que diminui em 70% o uso de soldas, tornando-o uma tonelada mais leve que os modelos anteriores.

 

O fato de ser mais leve reduz o consumo de combustível e amplia a capacidade de carga por viagem. O novo furgão é o terceiro produto da linha com essa tecnologia de fabricação.

 

A novidade está integrada à tecnologia Randon Smart, plataforma própria de inteligência embarcada que oferece controles de parâmetros de telemetria e gestão da manutenção dos semirreboques, fornecendo dados em tempo real para gestão e controle da frota. (Pioneiro Online/Juliana Bevilaqua)

 

 

 

John Deere alcança a marca de 1.000 máquinas na frota Armac

 

A John Deere, empresa global de tecnologia que fornece software e equipamentos para os setores agrícola, construção e florestal, acaba de vender sua milésima máquina para a frota da Armac, empresa especializada na locação de máquinas pesadas para setores de agronegócio e construção civil.

 

O marco foi atingido após a venda de 21 pás-carregadeiras, que se unem a um portfólio composto por soluções John Deere como: tratores de esteira, escavadeiras, retroescavadeiras, motoniveladoras e tratores do setor agrícola.

 

"A John Deere valoriza o reconhecimento e a confiança dos clientes, uma vez que oferece em seu portfólio máquinas que entregam eficiência, robustez e alta tecnologia, sempre garantindo segurança e produtividade ao operador", afirma Adilson Butzke, diretor de Vendas e Marketing da divisão de Construção da John Deere para a América Latina.

 

Homenagem ao cliente

 

Para celebrar esse momento significativo, a John Deere homenagiou o cliente durante a M&T Expo 2024, reforçando a importância dessa conquista tanto para a empresa quanto para a Armac.

 

"A escolha pela frota de equipamentos John Deere é reflexo da confiabilidade, segurança, desempenho excepcional e versatilidade que elas oferecem. A compra da milésima máquina é um reconhecimento da parceria sólida entre as duas empresas, destacando nosso compromisso em fornecer soluções de alta qualidade para os clientes", diz Fernando Aragão, CEO da Armac. (Blog Coisas de Agora)

 

 

 

Mitsubishi L200 Triton terá preparação para Starlink de fábrica no Brasil

 

A Mitsubishi acaba de anunciar a chegada de importantes novidades para a picape L200 Triton Sport no Brasil. Na próxima semana, durante a Agrishow de Ribeirão Preto (SP), a marca apresentará a caminhonete na versão Savana com preparação original de fábrica para receber a tecnologia Starlink (serviço que oferece internet banda larga de alta potência mesmo em regiões remotas).

 

A novidade estreia na variante Savana e, em seguida, será disponibilizada como opcional para todas as demais configurações da L200 Triton Sport fabricadas no Brasil. Segundo a Mitsubishi, a preparação original de fábrica evita possíveis problemas e adaptações durante a instalação do equipamento por terceiro e, em especial, mantém a garantia de fábrica do veículo.

 

Ainda na Agrishow, a Mitsubishi adianta que apresentará para o público duas séries especiais e limitadas da L200 Triton Sport. Os detalhes, porém, ainda são desconhecidos. No evento, interessados também poderão fechar negócio com condições exclusivas (válidas somente durante os dias de feira) que incluem desconto de até R$ 40.000 para a picape e R$ 15.000 para o crossover Eclipse Cross.

 

Nova geração em breve

 

Na Ásia, a Mitsubishi já apresentou uma geração inteiramente nova da L200 Triton. Com 5.360 mm de comprimento, 1.930 mm de largura, 1.815 mm de altura e 3.130 mm de entre-eixos, a nova linhagem é 8 centímetros mais longa, 9 cm mais larga e 2 cm mais alta que a anterior. Além disso, tem entre-eixos 13 cm maior e acolhe os ocupantes com maior oferta de espaço.

 

Sob o capô, o motor 2.4 turbodiesel, tem três configurações: 149 cv e 33,6 kgfm; 183 cv e 43,8 kgfm; e 204 cv e 47,9 kgfm. Para o Brasil, o lançamento da picape já está confirmado e, como acontece hoje, contemplará produção nacional. A Mitsubishi já anunciou que investirá R$ 4 bilhões na fábrica de Catalão (GO) para viabilizar a montagem local da picape. (Motor 1/Dyogo Fagundes)

 

 

 

Stellantis compra parte da montadora uruguaia Nordex

 

O plano Next Level da Stellantis para a América do Sul, divulgado nesta quinta-feira, 25, visa aumento da participação nas vendas de todas as cinco marcas do grupo presentes na região via oferta de novos produtos, melhoria e agregação de serviços e do pós-venda, desenvolvimento de tecnologias de baixas emissões e sustentabilidade financeira.

 

Para isso, afirma Emanuelle Cappellano, presidente da Stellantis na América do Sul, a empresa se apoiará em melhor e mais qualificada estrutura produtiva ou o que prefere chamar de “excelência operacional” no Brasil e Argentina.

 

Leia-se: fábricas mais eficientes, limpas, compartilhando recursos e tecnologias de modo a aprimorar qualidade e ao mesmo tempo reduzir os custos produtivos para propiciar competitividade.

 

As ações e investimentos para isso não se restringirão do portão para dentro das três fábricas brasileiras e duas argentinas de veículos.

 

Estão previstos ainda importantes movimentos externos, como parcerias em vários segmentos, de insumos a serviços, e até mesmo aquisições de empresas que potencializem e acelerem os meios para a Stellantis cumprir seu planejamento.

 

Algumas desses movimentos já estão em curso ou foram concretizados recentemente, como a compra das redes de serviços e distribuição de autopeças DPaschoal no Brasil e Norauto, na Argentina.

 

Nordex

 

Outro, talvez o mais relevante, é a compra de boa parte da Nordex, montadora uruguaia que por seis décadas dispõe sua estrutura para a montagem de veículos de várias marcas e fabricantes.

 

Em entrevista coletiva na quarta-feira, 24, Cappellano confirmou que a Stellantis adquiriu praticamente a metade da empresa fundada em 1962 e que tem como principal acionista o empresário argentino Manuel Antelo.

 

O executivo não revelou qualquer outro detalhe, nem mesmo valores e o porcentual preciso adquirido, da negociação iniciada no fim do ano passado e concluída nas últimas semanas.

 

A planta da Nordex, localizada em Montevidéu, monta atualmente, sempre em regime de CKD, os utilitários Ford Transit, Kia Kongo, Citroën Jumpy, Peugeot Expert, Fiat Scudo e, desde o primeiro trimestre, a picape Titano, variação Fiat da originária Peugeot Landtrek, vendida apenas em outros mercados sul-americanos.

 

Com tantos produtos e know-how em comerciais leves, a Nordex se tornou estratégica para a Stellantis no segmento   que representa quase a metade das vendas do grupo no Brasil, maior mercado da região. Só no ano passado, foram negociados no País 221 mil picapes e utilitários, 46% dos mais de 482 mil veículos vendidos pelas cinco marcas com produção regional.

 

Energia limpa e minérios

 

Em outra vertente, a Stellantis acaba de investir US$ 100 milhões na compra de 49,5% da 360Energy, empresa argentina dedicada a energias renováveis e que tem larga experiência no desenvolvimento, construção e operação de parques solares fotovoltaicos.

 

A 360Energy opera seis usinas solares nas províncias de San Juan, Catamarca e La Rioja. A potência instalada nessas unidades é de mais de 250 MWp. Ainda assim, a empresa encaminha vários projetos que devem agregar mais 500 MWp somente na Argentina.

 

As plantas da montadora de Ferreyra, em Córdoba, e El Palomar, na província de Buenos Aires, já são abastecidas com energia proveniente do complexo instalado em La Rioja. “Nosso objetivo de oferecer uma mobilidade limpa, segura e acessível nos desafia a repensar toda a nossa operação e infraestrutura”, argumentou Cappellano.

 

Já no ano passado, é bom lembrar, a Stellantis decidiu por participação em minas de sulfeto de níquel na Bahia e de concentrado de cobre em Alagoas, matérias-primas essenciais para baterias que movimentarão os futuros carros híbridos e elétricos do grupo.

 

Na Argentina, investiu US$ 275 milhões na compra de quase 20% da McEwen Copper, mineradora dona do projeto Los Azules que poderá, segundo a Stellantis, produzir 175 mil toneladas de cátodo de cobre por ano, com pureza de 99,9% e recursos suficientes para garantir a operação por pelo menos 27 anos. (AutoIndústria/George Guimarães)

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