NOTÍCIAS DO DIA
29/08/2025
Sem previsão de queda, Selic a 15% ameaça recuperação do mercado de caminhões
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou na última terça-feira (27) durante o 33º Congresso & Expo Fenabrave, que a taxa básica de juros (Selic) deve permanecer elevada por um período prolongado, atualmente em 15% ao ano. Segundo Galípolo, a política monetária restritiva é necessária para controlar a inflação, que ainda não convergiu de forma consistente para a meta estabelecida pelo Copom de 3%, com margem de 1,5 ponto para cima ou para baixo.
“O processo de convergência para a meta de inflação está sendo lento, e isso demanda manter a Selic em patamar ainda bastante restritivo”, afirmou o presidente do BC. Para a economista da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Tereza Fernandez, a manutenção da Selic em nível elevado tem efeito direto sobre a compra de caminhões, principalmente porque esses veículos são considerados bens de capital e, em grande parte, financiados. “Praticamente 100% dos caminhões pesados e tratores agrícolas dependem de crédito. Mas, com juros de 15% ao ano, restrição de financiamento e margens apertadas, muitas empresas — especialmente do setor agrícola — acabam adiando a renovação de frota”, explica.
Recuperações judiciais
Tereza detalha que o setor agrícola enfrenta desafios adicionais: diversas empresas estão em recuperação judicial, tiveram safras ruins no ano anterior e sofreram aumento no custo de insumos, como fertilizantes, o que reduziu significativamente a rentabilidade.
“Mesmo com uma safra melhor este ano, o preço das commodities caiu em real, restringindo a capacidade de investimento. Além disso, os três ou quatro anos anteriores haviam permitido alguma reorganização da frota, mas agora os empresários seguram a compra de novos caminhões”, acrescenta.
Ela ressalta que, enquanto linhas mais leves e de médio porte apresentam recuperação, os caminhões pesados e extrapesados — usados no transporte de grãos e longas distâncias — enfrentam retração próxima a 20% em relação ao ano passado.
Aumento da inadimplência
Marco Borba, presidente da Associação Brasileira dos Concessionários Volkswagen Truck & Bus (ACAV), confirma a forte correlação entre juros e demanda por caminhões: veículos de maior valor, acima de R$ 1 milhão, dependem de financiamento e sofrem mais com o custo elevado do crédito. “O cenário macroeconômico e político também aumenta a cautela do comprador, que tende a adiar aquisições ou limitar-se à substituição de frota”, afirma.
Ele ressalta que segmentos urbanos e de transporte leve mantêm crescimento, impulsionados por entregas last mile, enquanto transportes de longa distância registram queda de 20%. Borba observa ainda que a inadimplência em veículos de maior valor aumentou, levando bancos a analisar crédito com mais rigor.
Segundo dados da Fenabrave, o acumulado de 2025 registra queda de 5,3% frente a 2024, passando de 71.906 para 68.084 caminhões emplacados até o 11º dia útil de agosto.
O setor de implementos rodoviários é o que mais sofre no mercado de caminhões em 2025. Segundo dados da Fenabrave, o acumulado do ano registra queda de 5,3% frente a 2024, passando de 71.906 para 68.084 unidades emplacadas até o 11º dia útil de agosto.
No comparativo mensal, os emplacamentos de agosto têm leve alta de 0,4% sobre julho, mas caem 20,3% em relação a agosto do ano passado, e acumulam retração de 19,9% em comparação com 2024.
Caso a taxa Selic se mantenha elevada, a tendência é que o segundo semestre repita o desempenho do primeiro, sem perspectivas de melhora significativa. (Transporte Moderno/Aline Feltrin)
Taxa de juros alta preocupa setores agrícola e de caminhões
Durante o Congresso Fenabrave, em São Paulo, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que a taxa básica de juros deve permanecer elevada por um período longo. Como a Selic está em 15% ao ano, o crédito continua caro e a oferta, limitada, o que dificulta a renovação e a expansão das frotas de caminhões e ônibus no Brasil.
Além disso, Galípolo destaca que a política monetária é essencial para o controle da inflação. No entanto, no setor de transporte rodoviário o impacto das taxas altas é evidente. Assim, tanto os caminhoneiros autônomos quanto as empresas encontram barreiras cada vez maiores para contratar financiamento de caminhões.
Extrapesados lideram as quedas
De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Concessionários Volkswagen (Acav), Marco Borba, o atual nível de juros é um dos mais altos dos últimos 15 anos. Com isso, compromete diretamente a confiança dos clientes. “Quando falamos de caminhões de R$ 1 milhão ou mais, o financiamento é decisivo. Hoje, esse custo adicional pesa muito na decisão de compra”, diz.
Borba destaca que no setor de extrapesados a retração é próxima de 20% em relação aos números de 2024. Seja como for, os segmentos de ônibus e veículos leves e médios apresentam alguma recuperação. Isso se deve ao aumento da demanda por entregas de última milha nas grandes cidades. Segundo ele, isso mostra que os juros altos afetam de forma desigual os diferentes segmentos do transporte.
Além disso, o presidente da Acav chama a atenção para a para a inadimplência crescente, com atrasos no pagamento que superam os 90 dias. Assim, para se proteger dos calotes os bancos acabam restringindo a concessão de crédito. Como resultado, há retração das vendas de veículos pesados.
Agro enfraquecido agrava cenário
Para a economista Tereza Fernandez, da TF Assessoria, o problema não está restrito ao crédito caro para as transportadoras. Segundo ela, o agronegócio, que responde por boa parte da demanda de caminhões, enfrenta dificuldades inéditas. “Muitas empresas entraram em recuperação judicial após se alavancarem demais em 2024. Além disso, a forte variação cambial elevou o preço dos fertilizantes, reduzindo margens e afetando a rentabilidade”, diz.
Embora a produção agrícola registre alta, Fernandez afirma que isso não se traduz em maior capacidade de investimento. “A rentabilidade continua baixa e a Selic a 15% torna o financiamento quase inviável. A consequência é clara. O setor de transporte ligado ao agro permanece em compasso de espera.”
Expectativa de melhora só no fim do ano
Assim, especialistas acreditam que o mercado de caminhões e ônibus continuará pressionado até que haja redução das taxas de juros. A recuperação mais consistente, segundo as projeções, deve ocorrer apenas no último trimestre deste ano ou mesmo em 2026, dependendo do ritmo da política monetária e da recuperação financeira das empresas agrícolas. (Estradão/Andrea Ramos)
Emplacamentos de ônibus caem 40,5% em agosto, mas acumulado segue positivo
Os emplacamentos de ônibus no Brasil somaram 959 unidades na primeira quinzena de agosto, uma queda de 40,5% em relação às 1.612 unidades do mesmo período de 2024, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Na comparação com julho deste ano, quando foram registrados 1.361 ônibus, a retração foi de 29,5%. Apesar da forte queda no mês, o acumulado de 2025 ainda mostra avanço: de janeiro a agosto foram 17.828 unidades, alta de 12,9% sobre as 15.784 do mesmo intervalo de 2024.
Para Tereza Fernandez, economista da Fenabrave, o comportamento do mercado era esperado. “No início do ano, vimos um crescimento forte, de quase 50% em janeiro frente a janeiro de 2024, mas isso refletia uma base baixa e a entrada de encomendas já contratadas. À medida que os meses avançam, esse crescimento tende a se diluir. É um movimento totalmente previsível”, afirmou durante coletiva de imprensa no 33º Congresso & ExpoFenabrave.
Segundo ela, o desempenho de 2025 está ligado, em parte, ao grande volume de compras realizadas no ano passado, especialmente para atender o programa Caminho da Escola. “Agora estamos apenas absorvendo essas entregas. Não há novidade estrutural que sustente expansão no segundo semestre”, completou.
Ônibus elétricos triplicam participação no mercado
Os ônibus elétricos seguem em expansão no Brasil, mesmo representando uma fatia pequena do mercado total. Entre janeiro e agosto de 2025, foram 491 unidades emplacadas de janeiro até dia 11 de agosto, um salto de 214,7% em relação às 156 registradas no mesmo período de 2024, segundo a Fenabrave.
O desempenho coloca o segmento como um dos mais dinâmicos dentro da categoria de veículos eletrificados. No mesmo intervalo, o mercado total de eletrificados — que inclui leves, pesados e motocicletas — cresceu 48,2%, somando 157,2 mil unidades.
Para especialistas, o avanço dos elétricos no transporte coletivo está diretamente ligado aos programas de renovação de frota conduzidos por grandes capitais, como São Paulo, Curitiba e Salvador, que já operam linhas com veículos não poluentes.
Apesar da evolução, os desafios ainda são significativos. A economista Tereza Fernandez avalia que a escala de produção e a infraestrutura de recarga continuam sendo barreiras. “A eletrificação no transporte público é inevitável, mas depende de linhas de financiamento específicas e de maior suporte governamental. O movimento é irreversível, mas gradual”, finalizou. (Portal Technibus/Aline Feltrin)
Diretriz dos bombeiros exige sprinklers em áreas de carregamento de veículos
Os importadores e fabricantes de automóveis elétricos têm mais uma pedra no caminho rumo a um mercado maior no Brasil, além dos preços superiores aos de modelos a combustão e da ainda diminuta infraestrutura pública de carregamento.
O Conselho Nacional dos Comandantes-Gerais dos Corpos de Bombeiros Militares (Ligabom) “resolveu” dificultar um pouco mais a vida de quem pretende ter um carro elétrico ou híbrido plug-in.
Em sua “Diretriz Nacional Sobre Ocupações Destinadas a Garagens e Locais com Sistemas de Alimentação de Veículos Elétricos”, divulgada no dia 26 de agosto, o órgão propõe que em edificações existentes será necessária a instalação de chuveiros automáticos (sprinklers) e detecção automática em toda a garagem quando houver um SAVE, Sistema de Abastecimento de Veículos Elétricos.
No entender da ABVE, Associação Brasileira do Veículo Elétrico, a exigência se mostra de difícil aplicação técnica para a maioria dos edifícios atuais. “É também discriminatória à eletromobilidade e à instalação de equipamentos de recarga em edifícios, impondo custos desproporcionais às garagens”, critica a entidade.
A ABVE enfatiza que a diretriz desestimulará a oferta de recarga, criando “obstáculo injustificável ao direito do consumidor e à modernização dos edifícios e da frota nacional de veículos”.
Por outro lado, não lembra dos riscos dos veículos a combustão. “A segurança deve ser universal, e não dirigida contra uma tecnologia específica. Cabe lembrar que só no Estado de São Paulo ocorrem em média 16 incêndios de veículos a combustão por dia, ou quase 6 mil/ano, segundo o próprio Corpo de Bombeiros .”
“A Diretriz Ligabom”, prossegue a entidade que reúne marcas de veículos e empresas de serviços voltados à mobilidade elétrica, “também não tem paralelo conhecido no mundo, ao atrelar a obrigatoriedade de sprinklers à mera existência de equipamentos de recarga nas garagens”.
Os prazos propostos pelo órgão são inexequíveis, afirma a a ABVE. O órgão estabelece vigência em 180 dias e exigência imediata de medidas elétricas para edificações existentes. “O que é incompatível com a realidade de condomínios, shoppings e aeroportos”.
“Mantida a Diretriz como foi divulgada, a judicialização do tema será inevitável, bem como medidas legislativas visando assegurar por lei o direito à recarga”, alerta a entidade. (AutoIndústria)
Anfavea e Sinfavea anunciam nova diretoria
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) anuncia nova Diretoria. Nomeado em abril deste ano, o presidente Igor Calvet conta agora com reforço em sua gestão à frente da entidade. Após deliberação de assembleia geral extraordinária, a diretoria da entidade passa a ser composta por Marcus Vinicius Aguiar, como primeiro vice-presidente, Andrea Zámolyi Park, como vice-presidente tesoureira, e Luiz Henrique Maia Bezerra, como vice-presidente secretário.
No Sindicato Nacional da Indústria de Tratores, Caminhões, Automóveis e Veículos Similares (Sinfavea), a diretoria passa a ser ocupado por Reinaldo Muratori, primeiro vice-presidente, Andrea Zámolyi Park, vice-presidente tesoureira, e Alexandre Parker Machado, vice-presidente secretário.
A nova diretoria tem mandato até abril de 2028.
Marcus Vinicius Aguiar, o novo Primeiro Vice-Presidente da Anfavea, trabalha como Diretor de Relações Institucionais e Governamentais da Renault do Brasil, e também está em seu segundo mandato como Presidente da AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva). Ele é formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Mackenzie e pós-graduado em Administração de Empresas pela FAAP.
O Primeiro Vice-Presidente do Sinfavea, Reinaldo Muratori, é engenheiro mecânico pela Escola Politécnica da USP e pós-graduado em administração de empresas pela FAAP. Ele atua há mais de 40 anos na indústria automotiva, com passagens por vários fabricantes de veículos e autopeças. Desde 2001 na HPE, representante das marcas Mitsubishi e Suzuki no Brasil, atualmente é Vice-Presidente e responsável pela área de Relações Institucionais da empresa. (Safras & Mercado)
VW Golf GTI terá regras para compra, limite de unidades por região e até contrato de recompra
Pouco a pouco surgem mais detalhes do lançamento do novo Volkswagen Golf GTI. O icônico hatch esportivo retornará ao Brasil no próximo dia 6 de setembro após ficar seis anos fora de linha por aqui. Mas, diferente de outros tempos em que foi inclusive produzido no País, nesta inédita geração (MK 8,5), o Golf virá apenas na famosa versão GTI e terá posicionamento premium.
Até o momento, a Volkswagen revelou poucos detalhes do modelo, e o Jornal do Carro acelerou o novo Golf GTI apenas em pista fechada, num aeroporto em São Joaquim da Barra, no interior paulista (leia aqui as primeiras impressões). Neste primeiro contato, foram duas voltas curtas em um circuito com duas retas e muitos cones para um exercício de slalom.
Tal como em gerações anteriores, o Golf GTI virá com sua receita clássica. Ou seja, um carro 100% a combustão, que combina motor 2.0 turbo com injeção direta de gasolina (370 TSI), câmbio automatizado DSG de dupla embreagem e sete marchas, e tração dianteira. A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 6,1 segundos, mas a marca alemã não revelou a velocidade máxima.
Golf GTI terá regras para compra
Nas últimas horas mais detalhes da chegada do novo Golf GTI vazaram, e um documento específico, supostamente distribuído a concessionários, indica que o hatch esportivo terá uma venda tão exclusiva quando a de um Ferrari. Para comprar o modelo, a montadora fará algumas exigências pouco comuns na Volkswagen. Haverá até um contrato de recompra para bloquear a revenda.
Confira as regras para a compra do Golf GTI:
1- Será exigida comprovação de histórico de posse de modelos anteriores das linhas GTI, GLI e GTS;
2- Contrato de preferência de recompra do Golf GTI pela VW, impedindo a revenda do hatch por seus donos;
3- Confirmação de sinal com depósito equivalente a 10% do valor do veículo (o preço não foi anunciado);
4- Será proibida a comunicação/revelação do preço do modelo, sob pena de perda da cota;
5- Limite de um exemplar do Golf GTI por CPF ou CNPJ;
6- Limite de cinco exemplares do Golf GTI por grupo de concessionários e/ou por região;
Quanto vai custar o novo Golf GTI?
Neste retorno ao Brasil, o hatch virá exclusivamente na versão GTI e com posicionamento premium. A montadora dará início às vendas do modelo no dia 6 de setembro. A expectativa inicial era de que o Golf GTI fosse custar cerca de R$ 350 mil, mas... A tabela pode chegar ou até superar os R$ 400 mil, ficando próximo dos rivais Honda Civic Type R (R$ 429.900) e Toyota GR Corolla (a partir de R$ 116.990).
Para mimar os novos donos, o hatch esportivo virá com um kit de boas-vindas que incluí carta do CEO e presidente da VW do Brasil, Ciro Possobom, plaquinha de acrílico, cartão de membro do GTI Experience Club (que terá ações da marca) e um óculos feito em parceria com a Chilli Beans. Tudo isso para justificar a tabela de luxo. Aparentemente, haverá limite de unidades importadas ao País e a entrega será por ordem de faturamento. (Jornal do Carro/Diogo De Oliveira)
BMW M2 CS tem lançamento confirmado no Brasil em 2025
O BMW Group Brasil anuncia a chegada de mais um modelo especial ao país. Trata-se do BMW M2 CS, a versão mais extrema e de alto desempenho do sucesso de vendas BMW M2. Produzido na fábrica do BMW Group em San Luis Potosí, no México, o modelo chegará ao Brasil em tiragem limitada, como os modelos BMW M3 CS e BMW M4 CS que chegaram recentemente ao país.
Recordista de Nürburgring-Nordschleife para a categoria de carros esportivos compactos com o tempo de 7 minutos e 25,5 segundos, oito segundos a menos do que o melhor tempo anterior, o BMW M2 CS é equipado com motor seis cilindros M TwinPower Turbo que desenvolve impressionantes 510 cv, 30 cv a mais do que na versão Coupé. Com tração traseira e repleto de atualizações para ser mais veloz, o modelo tem lançamento previsto ainda em 2025 e terá suas especificações técnicas, assim como o preço, revelados em breve. (Motor Mais)
Mercedes-Benz conquista três troféus de Campeão de Revenda
Maior recordista do Prêmio Campeão de Revenda, de Frota&Cia, a Mercedes-Benz repetiu o desempenho em 2025, ao juntar mais três certificações a sua coleção, que agora soma 24 troféus. Tudo por conta do bom desempenho de três caminhões da marca, que registraram a menor depreciação de preços no mercado de veículos seminovos no período de dois anos.
Enquanto no segmento de leves o Accelo 817 venceu a disputa com outros três concorrentes, o Atego 1726 ganhou na categoria Caminhão Semipesado 4×2. E o Actros 2653, por sua vez, foi o principal destaque da marca na competição, ao conquistar o título de Campeão de Revenda 2025 na mais disputada categoria do mercado de caminhões: a dos pesados com motorização acima de 500 cavalos de potência. É a primeira vez que o modelo topo de linha da Mercedes-Benz alcança o primeiro lugar do pódio, como o caminhão mais valorizado de sua categoria, superando modelos consagrados da Scania e da Volvo.
“Essa expressiva vitória do Actros, do Atego e do Accelo como campeões de revenda da Frota&Cia demonstra, mais uma vez, que quem compra um caminhão Mercedes-Benz obtém um excelente produto em termos de qualidade e robustez, além do desempenho, segurança e conforto para o motorista”, afirma Jefferson Ferrarez, vice-presidente de Vendas, Marketing e Peças & Serviços Caminhões da Mercedes-Benz do Brasil.
Para o executivo, o reconhecimento do Actros por parte do público é motivo de muito orgulho e satisfação, por ser a primeira vez que o modelo alcança esse patamar. “A certificação também prova que o desafio lançado na Fenatran do ano passado, de apresentar o Actros Evolution com a nova motorização de 530 cavalos, se mostrou mais que acertada, evidenciando que estamos no caminho certo”.
Na visão de Ferrarez, não faltam motivos para explicar o sucesso dos modelos no mercado de seminovos. “Tanto o Accelo quanto o Atego são veículos extremamente versáteis, já consagrados no mercado pela sua robustez, pela sua qualidade e a eficiência no consumo de combustível. São fatores que resultam em um custo total operacional muito bom para o nosso cliente e, por extensão, em um excelente valor de revenda”.
O mesmo se aplica ao Actros 2653, mas com alguns atributos adicionais. O executivo lembra que o modelo já tinha um trem de força extremamente consagrado na Europa. E já era esperado que iria mostrar a mesma performance no Brasil. “Prova disso é que os resultados estão acontecendo na operação de campo do veículo, que agora se completa com o ciclo de revenda”
Segundo Ferrrarez, o cliente já tem uma expectativa de uma alta liquidez desse veículo no seu ciclo de vida. “Agora, com a confirmação do alto valor de revenda, melhora ainda mais o cálculo do TCO (Custo Total de Propriedade, em tradução livre)”, afirma o VP, ao comemorar a conquista do prêmio. (Frota & cia/José Augusto Ferraz)
Toyota abre inscrições para programa de estágio 2026; veja como participar
A Toyota abriu as inscrições para o programa de estágio 2026. A edição contará com 30 vagas distribuídas entre as plantas de Sorocaba e Porto Feliz. Os interessados podem se inscrever até 30 de setembro pelo site da companhia.
O processo é destinado a estudantes matriculados em cursos de Administração, Auditoria, Comercial, Compras, Comunicação e Sustentabilidade, Engenharia de Produção, Financeiro, Fiscal e Recebimento, Industrial, Logística, Manutenção, PCL/PPCL, Relações Governamentais e Tecnologia da Informação. Os selecionados deverão ter disponibilidade para atuar entre janeiro de 2026 e dezembro de 2027, das 8h às 14h30.
O estágio inclui bolsa-auxílio, transporte fretado, auxílio-transporte, convênio médico e alimentação. O programa oferece treinamentos, mentoria e desenvolvimento de projetos, com possibilidade de efetivação.
Marcos Gebara, contratado em 2024 após passar pelo estágio, destacou a importância da experiência. “A Toyota é um local que prepara o estagiário para diferentes situações. O aprendizado que tive durante o estágio foi essencial para a função que exerço hoje e segue sendo aplicado diariamente”, afirmou.
Outra participante efetivada, Isadora Gochi, relatou que o estágio ampliou sua formação. “Aprendi a importância do trabalho em equipe, da melhoria contínua e da atenção aos detalhes. Tive a oportunidade de aplicar meus conhecimentos no desenvolvimento de Kaizens”, disse. (Revista O Mecânico/Felipe Salomão)
Entregas de automóveis na Europa crescem 6% em julho
A Acea, associação dos fabricantes de veículos da Europa, fechou balançou de vendas de automóveis no continente com alta de 5,9% em julho, para 1,08 milhão de unidades ante 1,02 milhão anotadas no mesmo mês do ano passado.
Os volumes dizem respeito às entregas na União Europeia, Reino Unido e o bloco da associação de países de livre comércio EFTA.
Com as vendas parciais, o mercado europeu absorveu 7,90 milhões de automóveis nos sete primeiros meses de 2025, o mesmo patamar registrado há um ano, com apenas uma diferença de 6,4 mil unidades a mais.
Pelos dados da Acea, as vendas de eletrificados na Europa se mantêm em ritmo de crescimento. As entregas de automóveis 100% elétricos (BEVs) aumentaram 25,9% no acumulado até julho, para 1,37 milhão de unidades.
Dentre os eletrificados, os híbridos plug-in são os menos demandados na Europa, mas ainda assim em expansão. Nos sete primeiros meses do ano, as vendas somaram 703.615 modelos, alta de 25,3% em relação ao anotado há um ano.
Os híbridos leves e plenos (HEVs), por sua vez, têm a preferência do consumidor europeu. De janeiro a julho, foram negociadas 2,75 milhões de unidades, volume 15,3% maior na comparação com o mesmo período do ano passado.
Os emplacamentos de HEVs já superou os de carros a gasolina, segmento no qual até julho somou 2,19 milhões de automóveis, o que correspondeu a baixa de 20,7%.
Ao somar as vendas das categorias de eletrificados nos sete primeiros meses, a participação no mercado total chegou 61%, com 4,83 milhões de unidades vendidas. (AutoIndústria)
ENTREVISTA
Librelato amplia operações e aposta em inovação no setor de implementos
A Librelato vive um novo momento em sua história. Sob a liderança de Simone Martins, a empresa deixou de ser apenas fabricante de implementos rodoviários para se consolidar em outros segmentos. Nesse sentido, a empresa criou uma divisão de autopeças, vem investindo em aquisições estratégicas e acaba de inaugurar em Guarulhos, na Grande São Paulo, um complexo com fábrica e concessionária, bom como uma loja conceito.
Como resultado, a Librelato marca a transição de empresa familiar para se tornar uma operação mais bem estruturada. Segundo a companhia, embora não tenha capital aberto, seu processo de governança é semelhante ao de empresas com papéis negociados no mercado.
Vale lembrar que o momento econômico é de instabilidade. Embora a pandemia tenha evidenciado a importância do transporte rodoviário, questões como juros altos, pressão nas margens de lucro e mudanças na legislação comprometem a expansão dos negócios. Ainda assim, a Librelato mantém crescimento consistente, investimentos em novas tecnologia e aposta na proximidade com o cliente final.
Em entrevista ao Estradão, Simone Martins fala sobre o futuro da empresa e os movimentos do mercado de implementos, bem como os novos hábitos dos clientes. Além disso, destaca a importância de manter a resiliência para atravessar ciclos econômicos difíceis.
Loja conceito em São Paulo
A Librelato apostou no segmento de autopeças e acaba de inaugurar um complexo em Guarulhos. O que motivou esse movimento?
Construímos uma vertical de autopeças sólida, com aquisições e fusões estratégicas para reforçar nosso ecossistema de abastecimento. Em Guarulhos, unimos fábrica, loja conceito e atendimento direto ao cliente em um único espaço. É nossa primeira experiência nesse formato, com venda de peças, produção CKD e entrega de implementos. Essa estrutura permite abastecer todo o Sudeste com mais eficiência. Do mesmo modo, cria um modelo que pode ser replicado em outras regiões.
Então essa experiência visa a expansão para outras partes do País?
Sim. Avaliamos a possibilidade de expandir o modelo. Sobretudo em grandes capitais e polos de transporte. Cada local tem uma demanda diferente, e podemos adaptar o portfólio, seja de implementos pesados, baús leves ou cargas fechadas. Também vamos ampliar a rede de oficinas para pontos estratégicos de São Paulo para oferecer suporte tanto de manutenção quanto para clientes com produtos em período de garantia.
Quarto eixo muda o mix do mercado
Como a sra. avalia o impacto do avanço do quarto eixo e do atual cenário macroeconômico?
O quarto eixo veio para ficar. Esse sistema alterou o mix do mercado, reduzindo a procura por alguns tipos de produto e aumentando a participação do segmento de cargas fechadas. Historicamente, esse setor representava 10% das vendas. Agora, chega a quase 20% e, em agosto, praticamente empatou com o de basculantes e graneleiros. Isso comprova a capacidade do setor se ajustar rapidamente às novas regras e à força do agronegócio.
Nesse sentido, quais são as principais demandas dos clientes de implementos?
Em momentos de juros altos e margens reduzidas, o cliente prioriza preço. Porém, atributos como durabilidade, valor de revenda e customização continuam sendo prioridade. Muitos querem implementos adaptados, para otimizar fretes de ida e volta. Outro ponto importante é a telemetria, que contribui para a gestão de pneus, peso da carga e dirigibilidade. O cliente já percebe a melhora da eficiência gerada por essa ferramenta. Assim, a busca por soluções de telemetria começa a crescer.
É possível afirmar que essa tecnologia já impacta a decisão de compra, como ocorre com caminhões?
Sim, cada vez mais. Plataformas de telemetria ajudam a acompanhar desempenho do implemento, consumo, desgaste de pneus e até o estilo de condução do motorista. Isso gera economia para o transportador e valoriza nosso produto. Estamos investindo para oferecer essas soluções e fidelizar o cliente, com receita recorrente em serviços.
Locação de implementos como alternativa
Como é o mercado de locação de implementos?
A locação ganhou força em 2022 e 2023, quando muitas transportadoras precisavam garantir contratos sem necessariamente dispor de capital para compra imediata. Em 2024 e 2025, percebemos uma certa desaceleração, porque as frotas ainda são novas. Mas a locação continua sendo uma alternativa relevante, principalmente em operações como mineração. Acredito que esse modelo veio para ficar e deve evoluir nos próximos anos.
A Librelato estuda ter sua própria locadora?
Não. Não faz sentido a gente concorrer com os nossos clientes.
Sustentabilidade
Questões ligadas à sustentabilidade influenciam o desenvolvimento dos produtos?
Trabalhamos com matérias-primas 100% recicláveis e estudamos constantemente soluções como eixos ativos e painéis solares para aumentar a eficiência energética. Muitas dessas tecnologias ainda não têm escala por causa do custo alto. Mas participamos de projetos financiados e de pesquisas que buscam tornar essas soluções viáveis. O transporte precisa de inovação sustentável e estamos investindo nisso.
Como a Librelato faz para acompanhar a dinâmica da demanda?
Estar próximo do cliente é essencial. O segmento de carga fechada, por exemplo, cresceu muito mais rápido do que se imaginava. Isso mostra como o mercado pode mudar em poucos meses. Nossa estratégia é ouvir o cliente, entender suas necessidades e investir de forma antecipada. Por isso, ampliamos tanto a produção e apostamos no consórcio, que virou uma alternativa importante de financiamento.
Investimento é a chave
Quais são as prioridades da Librelato para atravessar períodos de instabilidade?
A resiliência é essencial. Mesmo em cenário de margens apertadas, seguimos investindo em processos, competitividade e capacitação dos colaboradores. Mantemos o conhecimento dentro de casa e evitamos altos e baixos drásticos. Essa postura conservadora garante que possamos cumprir compromissos, inovar e estar preparados para quando o mercado voltar a acelerar. (Estradão/Andrea Ramos)